sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sobre o caso do menino acusado de matar os pais

O caso do menino deu muito mais o que falar que era previsto, o próprio delegado assumiu.
O meu texto também. Não esperava tamanha viralização ao postá-lo. Desde já, agradeço os comentários elogiando, criticando, xingando e também às "leituras silenciosas". Acho que se vocês leram e tantas pessoas gostaram, meu objetivo como escritor, ao redigir o artigo, foi atingido. Tentei responder aos comentários, mas mostrou-se impossível, então, lá vai uma resposta geral.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O menino que (não) matou os pais

Covardia.
É isso que eu vejo no chocante caso da família de policiais militares brutalmente assassinada no dia 05/08.
Covardia da pessoa que realizou os assassinatos, da polícia - os "grandes", no caso - em manipular os fatos e da mídia em oficializar a manipulação.
Gostaria de deixar claro o que já é óbvio: É IMPOSSÍVEL VISANDO DIMINUIR O MANIQUEÍSMO DO POST TROQUEI ESSA EXPRESSÃO POR ABSOLUTAMENTE IMPROVÁVEL que o garoto tenha matado os pais. Sem querer ser conspiracionista, mas pessoas podem ser desviadas de sua conduta normal mediante suborno, e isso acontece com relativa frequência no nosso país, o que deslegitima um pouco a autoridade geral da classe..

sábado, 22 de junho de 2013

A manifestação brasileira

... é ruim. 
Não, você não leu errado. 

Vou construir um argumento; aviso de antemão que o texto ficará gigantesco. Se você acha que eu sou puramente contra o povo sair às ruas e sempre fui, pare de ler aqui. Se você quer entender essa reviravolta, leia até o final, vou tentar explicar (adianto que não sou tão politizado quanto algumas pessoas, tampouco tenho informações preciosas que só eu consegui juntar; isso aqui é como se fosse um compilado-piorado do que houve na internet essa semana). Ah, para os mais próximos: Eu utilizo a palavra COXINHA um total de zero vezes. 

Vamos lá: Estou felicíssimo de ver que o povo saiu às ruas; apoiei intransigentemente os manifestos, inclusive participei quando tive a chance. As fotos da gente nas ruas não passam nenhum sentimento exceto amor, e não dá para pensar em outra coisa exceto que o povo não é tão acomodado quanto alguns críticos achavam. Havia, em mim, uma felicidade inebriante; meu pensamento era que não ia viver para ver aquele tipo de coisa... Ver aquele contingente gritando e protestando contra o aumento da passagem, contra a truculência policial, pelo impeachment... Epa... Calma lá... Esse nunca foi um ideal. O que nos trás à primeira pauta do meu argumento:

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A distopia (e o pessimismo) de Augusto dos Anjos

Vamos falar um pouco de literatura. Mais do que isso!, literatura brasileira, algo que está tão em baixa aos leitores de nosso próprio país. Sim, porque o Brasil lê, e você deveria pesquisar algo sobre para dizer que falta essa cultura ao nosso povo. Mas não entrarei no mérito.

Confesso que acho a literatura "obrigatória" para vestibulares federais e coisas do tipo um tanto enfadonha. Talvez seja porque são leituras obrigatórias; você não lê algo sem vontade de fazê-lo e acha-o legal, normalmente. Por isso, criei uma certa ressalva aos autores mais tradicionais, como Machado de Assis e Érico Veríssimo - embora tenha já feito uma releitura menos forçada e mais crítica, e subido o conceito especialmente deste. No gênero "fantástico", já citei Eduardo Spohr e sua incrível série de livros aqui no blog; reforço que são mesmo excelentes. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Datena e o ódio aos ateus

Bom dia!

Hoje a postagem irá se referir ao lamentável incidente envolvendo o apresentador Datena, da BAND, e a comunidade ateia brasileira. Ocorre que há um tempo atrás, Datena sugeriu em seu programa que "assassinatos, crimes hediondos, coisas sem pensar, é coisa de quem não tem Deus no coração. Ateu não tem limite, não tem nem um motivo pra ter" (adaptado). O comentário foi, sinceramente - e não pelas minhas tendências ateístas - uma das coisas mais terríveis que já ouvi na vida, um preconceito declarado e nojento, visando atingir e alienar ainda mais o Povo.

O comentário foi passível de punição SIM. O grande problema não foram as pessoas que têm acesso à internet e que conseguem consultar a real situação desse tipo de coisa, mas sim as pessoas humildes, aquelas que não pensam sobre, que assistem Datena porque acham que é a realidade absoluta. São essas pessoas as mais afetadas pelo comentário; As que lincharão ateus em não muito tempo, se continuasse assim.

Embora existam algumas pessoas tão psicopatas quanto o próprio Datena que concordem com a afirmação dele, o principal argumento é totalmente falho. Elas dizem que "existe a liberdade de expressão". Ora, esse princípio é limitado em casos de discurso de ódio. Você pode, sim, falar toda e qualquer bobagem que quiser, mas terá de arcar com as consequências disso depois. Acontece que a sociedade está tão acostumada com esse tipo de preconceito que acha "normal"; Mas o discurso do apresentador foi sim carregado de preconceito e más-intenções, senão vejamos:

Substituindo ateus por corintianos: 
"'Assassinatos, crimes hediondos, coisas sem pensar, é coisa de quem torce pro Corinthias. Corintiano não tem limite, não tem nem um motivo pra ter.'"

Agora, vamos substituir ateus por negros:
"'Assassinatos, crimes hediondos, coisas sem pensar, é coisa de quem não tem a pele branca. Negro não tem limite, não tem nem um motivo pra ter.'"

Eu imagino que com esses dois exemplos simples tenha dado para entender a dimensão do preconceito. Não obstante, a comunidade ateia foi atrás de seus direitos judicialmente, e conseguiram que a Band se explique sobre o preconceito religioso do apresentador (mas cabe recurso). Datena, porém tentou distorcer e alienar ainda mais pessoas!, e talvez o processo deva ser ainda mais elaborado (por litigância de má-fé). Segue:


Não, Datena, você não está sendo perseguido religiosamente.
Apenas é extremamente preconceituoso.

Minha indignação quanto a este último vídeo não me permite expressar palavras sem ser extremamente tendencioso. Encerro aqui o assunto, tentando ficar neutro - e mesmo neutro, simplesmente não é compreensível nem possível que essa atitude seja defendida. Quem crê em Deus de verdade quer a paz e o bem de todos, mesmo e talvez especialmente de quem não crê. Quem não crê em Deus irá se sentir completamente ofendido e constrangido por ser comparado à um estuprador de bebês.

Boa tarde a todos. (Sim, comecei o texto de manhã e só terminei agora...)