sábado, 22 de junho de 2013

A manifestação brasileira

... é ruim. 
Não, você não leu errado. 

Vou construir um argumento; aviso de antemão que o texto ficará gigantesco. Se você acha que eu sou puramente contra o povo sair às ruas e sempre fui, pare de ler aqui. Se você quer entender essa reviravolta, leia até o final, vou tentar explicar (adianto que não sou tão politizado quanto algumas pessoas, tampouco tenho informações preciosas que só eu consegui juntar; isso aqui é como se fosse um compilado-piorado do que houve na internet essa semana). Ah, para os mais próximos: Eu utilizo a palavra COXINHA um total de zero vezes. 

Vamos lá: Estou felicíssimo de ver que o povo saiu às ruas; apoiei intransigentemente os manifestos, inclusive participei quando tive a chance. As fotos da gente nas ruas não passam nenhum sentimento exceto amor, e não dá para pensar em outra coisa exceto que o povo não é tão acomodado quanto alguns críticos achavam. Havia, em mim, uma felicidade inebriante; meu pensamento era que não ia viver para ver aquele tipo de coisa... Ver aquele contingente gritando e protestando contra o aumento da passagem, contra a truculência policial, pelo impeachment... Epa... Calma lá... Esse nunca foi um ideal. O que nos trás à primeira pauta do meu argumento:

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A distopia (e o pessimismo) de Augusto dos Anjos

Vamos falar um pouco de literatura. Mais do que isso!, literatura brasileira, algo que está tão em baixa aos leitores de nosso próprio país. Sim, porque o Brasil lê, e você deveria pesquisar algo sobre para dizer que falta essa cultura ao nosso povo. Mas não entrarei no mérito.

Confesso que acho a literatura "obrigatória" para vestibulares federais e coisas do tipo um tanto enfadonha. Talvez seja porque são leituras obrigatórias; você não lê algo sem vontade de fazê-lo e acha-o legal, normalmente. Por isso, criei uma certa ressalva aos autores mais tradicionais, como Machado de Assis e Érico Veríssimo - embora tenha já feito uma releitura menos forçada e mais crítica, e subido o conceito especialmente deste. No gênero "fantástico", já citei Eduardo Spohr e sua incrível série de livros aqui no blog; reforço que são mesmo excelentes.