terça-feira, 22 de abril de 2014

Crônica Hiperbólica da Indiferença

CRÔNICA
Por Caio Oleskovicz.
Esta é uma história de ficção. Ou não.



Esses tempos, eu tava na frente do metrô com a minha cara de habitual indiferença. Sabe como é, você não pode ficar se importando muito com as pessoas à sua volta, porque entra em parafuso. A gente vê de revesgueio a senhora com criança doente, o deficiente visual que não obtém ajuda, o menino que empurra a pessoa à sua frente só para se divertir, mas não pode dar muita bola para nada disso. E eu ouvia meu jazz – me sentindo tão absurdamente ‘cult’ – enquanto a interação social corria solta à minha volta.